Por A série O Pinguim, que faz parte do universo expandido de Batman e está disponível no streaming Max, tem atraído atenção tanto por sua abordagem única quanto pelo fato de se focar em um dos vilões mais icônicos do Batman, o Pinguim (Oswald Cobblepot). Criada por Lauren LeFranc, a série explora a ascensão do personagem, interpretado por Colin Farrell, dentro do mundo do crime de Gotham, logo após os eventos do filme The Batman (2022), de Matt Reeves.
A construção do personagem e seu enredo:
O enredo se foca no Pinguim, um gângster ambicioso, que deseja consolidar sua posição no submundo do crime em Gotham. Em vez de ser apenas mais um vilão típico de quadrinhos, a série investiga a complexidade de Oswald, trazendo à tona suas inseguranças, motivações e ambições, além de mostrar seu processo de ascensão no crime organizado após a morte de figuras poderosas da família Falcone na qual faz parte. O tom sombrio e realista, típico do universo de The Batman, é mantido, o que dá uma sensação de coesão e profundidade ao desenvolvimento da trama.
Atmosfera incrível:
Assim como o filme de Reeves, Pinguim mantém um estilo visual impressionante, com uma Gotham que é suja, decadente e cheia de sombras. A cinematografia e os elementos de design de produção criam um ambiente opressor, refletindo o caráter do protagonista, que está sempre em um limiar entre a violência e a tentativa de se manter humano. A série tem uma estética que mistura o noir com toques de thriller policial, o que a diferencia das adaptações mais tradicionais dos vilões de Gotham e colocam em um patamar acima de tão bem dirigida.
Colin Farrell é a sua transformação:
Farrell já havia sido elogiado pela crítica por sua interpretação de Oswald Cobblepot em The Batman, e sua performance na série leva a personagem a outro nível. A transformação do ator, tanto física quanto psicológica, é impressionante e faz com que o público se sinta mais próximo de Oswald, enxergando-o não apenas como vilão, mas como uma pessoa complexa que lida com questões de poder, lealdade e traumas pessoais. Ponto positivo para a equipe de maquiagem com a transformação de Farrell em mais de 3hs de produção da mesma.
Personagens secundários:
A série também faz um excelente trabalho ao expandir o universo de Batman, trazendo à tona novos e interessantes personagens, bem como explorando outros já conhecidos. O submundo de Gotham é riquíssimo e, através das tramas paralelas, a série constrói uma rede de alianças, traições e jogos de poder que ajudam a aprofundar o enredo central, ponto positivo para os atores Christin Milioti (Sofia Gigante) e Rhenzy Feliz (Victor Aguillar) que tem atuações acima da média.
Temáticas e profundidade:
Uma das maiores forças da série é sua exploração das temáticas de poder, corrupção, identidade e sobrevivência. A série não se limita a ser um simples drama de ação sobre um vilão, mas investiga o que leva alguém a buscar o poder a todo custo, muitas vezes às custas de sua humanidade. O retrato de Gotham como uma cidade que engole seus habitantes e onde o sistema de justiça falha constantemente também é uma crítica forte e pertinente.
Considerações Finais:
O Pinguim se destaca por sua capacidade de humanizar um vilão tão clássico, proporcionando uma visão mais sombria e profunda de sua jornada. Com uma atmosfera noir, um elenco talentoso e uma trama envolvente, a série promete expandir de maneira significativa o universo de Gotham e seus personagens. Os fãs de Batman e da mitologia dos vilões do herói certamente encontrarão em Pinguim uma experiência rica, que vai além das simples aventuras de super-heróis mas mostra um lado mais intrigante de seus vilões e suas camadas complexas, recomendado a todos os consagrados com certeza.