Diretor de publicação critica projeto de IA e reforça compromisso com desenvolvimento tradicional
A Pocketpair, desenvolvedora conhecida pelo sucesso de Palworld, se manifestou de forma enfática contra a produção de jogos criados com inteligência artificial, em declarações recentes de seu diretor de publicação, John ‘Bucky’ Buckley. A crítica ocorreu após a divulgação de um vídeo que apresentava um suposto jogo de tiro em terceira pessoa ambientado em Nova York, desenvolvido pelo CEO da HyperWrite, Matt Shumer, utilizando ferramentas de IA. Em sua postagem no X (antigo Twitter), Buckley não poupou palavras ao avaliar a qualidade do projeto.
“Eu nunca entendi essa discussão. Quem é o público-alvo? Se você já jogou pelo menos um jogo, então tem um entendimento rudimentar da mecânica dos jogos, e sabe que isso é uma completa porcaria. Então, para quem isso é direcionado? Pais e mães que querem filmes interativos? Eu não entendo”, afirmou o executivo, destacando o que considera falhas fundamentais em títulos gerados por inteligência artificial.
Buckley ainda reforçou que, mesmo tentando se atualizar sobre as tendências da indústria, permanece cético quanto à viabilidade comercial e criativa desses projetos. Segundo ele, acreditar no futuro dos jogos gerados por IA seria equivalente a “inalar puro copium”, ou seja, manter uma ilusão sem fundamento sobre o potencial real dessa tecnologia.
Comparações com jogos tradicionais
O diretor mencionou que jogos tradicionais, como Megabonk, continuarão a superar quaisquer tentativas de IA pelos próximos 50 anos, destacando a importância da experiência humana na criação de mecânicas, narrativa e design visual que realmente engajem os jogadores. Buckley reforçou que jogos de qualidade exigem entendimento profundo de jogabilidade e criatividade, aspectos que, segundo ele, a inteligência artificial ainda não consegue replicar de forma convincente. Essa posição é particularmente relevante para a Pocketpair, considerando que Palworld enfrentou acusações de uso de IA no design de suas criaturas. A empresa negou veementemente essas alegações em múltiplas ocasiões, sublinhando seu compromisso com métodos tradicionais de desenvolvimento e com a criatividade humana.
Além de sua opinião pessoal, Buckley deixou claro que essa postura se estende à divisão de publicação da Pocketpair. Desenvolvedores que pretendam apresentar títulos gerados por IA não terão espaço na editora, que seguirá priorizando projetos desenvolvidos por equipes humanas. O executivo destacou que o foco da empresa é criar experiências genuínas, originais e envolventes, mantendo altos padrões de qualidade que a tecnologia de inteligência artificial ainda não consegue atingir de forma satisfatória. A declaração reforça a visão da Pocketpair de que a criatividade e a execução humanas são insubstituíveis no desenvolvimento de jogos, mantendo a empresa alinhada com práticas de produção tradicionais e com a experiência autêntica que os jogadores esperam de seus títulos.
					                    					