Nintendo Switch 2 traz duas versões de DLSS e se torna primeiro portátil com a tecnologia da NVIDIA

Nintendo Switch 2 traz duas versões de DLSS e se torna primeiro portátil com a tecnologia da NVIDIA

Análise da Digital Foundry confirma que o console utiliza tanto o modelo CNN completo quanto uma versão “light” do upscaler, equilibrando qualidade visual e desempenho.


O Nintendo Switch 2 promete ser um divisor de águas para os consoles portáteis. Segundo uma análise técnica publicada nesta sexta-feira pelo Digital Foundry, o novo dispositivo da Nintendo utiliza duas variantes da tecnologia de upscaling NVIDIA DLSS — uma abordagem inédita em hardwares portáteis. A descoberta foi detalhada por Alex Battaglia, especialista do site, que apontou como a implementação do DLSS no Switch 2 representa um avanço notável para um console híbrido, conciliando limitações de hardware com resultados visuais competitivos.

Duas versões de DLSS no Switch 2

O estudo revela que o console emprega dois tipos distintos de DLSS, escolhidos de acordo com as necessidades de cada jogo:

  • DLSS CNN (Completo): semelhante ao modelo usado em PCs, garante maior qualidade de imagem e um tratamento mais eficaz de anti-aliasing, especialmente perceptível durante movimentos e cortes de câmera. No Switch 2, esta versão é aplicada em jogos que fazem upscale para 1080p.
  • DLSS “Light”: uma variante mais leve e recente, que prioriza desempenho. Embora entregue imagens mais nítidas em cenas estáticas, o recurso perde eficiência durante movimentos, quando exibe pixels crus em áreas de transição. Por isso, é aplicada em jogos que elevam a resolução acima de 1080p, onde o custo de processamento seria maior.

De acordo com a análise, essa versão “light” consome metade do tempo de processamento do DLSS CNN tradicional, tornando-se uma solução viável para manter estabilidade em títulos mais exigentes.

Confirmação de desenvolvedores

Para corroborar as descobertas, Battaglia consultou um desenvolvedor de renome, que confirmou não apenas a existência dessas duas variantes no Switch 2, mas também a presença de múltiplos presets de configuração para os estúdios ajustarem o equilíbrio entre qualidade e performance. A escolha da Nintendo por incluir ambas as opções reflete uma estratégia de flexibilidade, permitindo que diferentes tipos de jogos explorem a tecnologia sem comprometer a experiência do usuário.

A análise do Digital Foundry identificou diversos títulos de peso que já utilizam o recurso no novo console, entre eles:

  • Cyberpunk 2077
  • Street Fighter 6
  • Hogwarts Legacy
  • Star Wars Outlaws
  • The Touryst
  • Fast Fusion

A implementação varia de acordo com a resolução-alvo e a intensidade gráfica de cada projeto. Por ora, apenas jogos de terceiros fazem uso da tecnologia, mas há expectativa de que os futuros exclusivos da Nintendo explorem o DLSS de maneiras criativas e otimizadas. O uso do DLSS no Switch 2 representa não apenas um salto técnico para a Nintendo, mas também para todo o mercado de consoles portáteis, que até agora não contavam com recursos de upscaling por inteligência artificial.

Se bem explorada, a tecnologia pode aproximar a experiência do novo híbrido da Nintendo ao desempenho de consoles de mesa, mantendo a portabilidade como diferencial.

Fonte: Wccftech