Death Stranding 2 vai além do rótulo de “simulador de entregas”: Kojima comenta sobre gameplay, cenários e os riscos de conexões profundas.

Death Stranding 2 vai além do rótulo de “simulador de entregas”: Kojima comenta sobre gameplay, cenários e os riscos de conexões profundas.

Após convidar seletos veículos da imprensa para uma prévia exclusiva de Death Stranding 2 em Tóquio, Hideo Kojima liberou, nesta quinta-feira, o embargo que limitava a divulgação de informações sobre o aguardado título. Com isso, o PlayStation Blog publicou uma extensa prévia, revelando diversos detalhes inéditos sobre o jogo, incluindo seu escopo ampliado, tempo de campanha mais longo e novidades na jogabilidade.

Mais ação, mais liberdade — e uma filosofia familiar

Embora o primeiro Death Stranding tenha sido rotulado por muitos como um “simulador de entregas”, a sequência promete expandir significativamente essa proposta. Em entrevista ao PlayStation Blog, Kojima comparou a evolução do novo título à da série Metal Gear. Segundo ele, o jogo original era propositalmente contido: os jogadores começavam sem armas para incentivar o uso da furtividade e a familiarização com as mecânicas. A sequência, então, ampliava as possibilidades com novos recursos e maior liberdade — algo semelhante ao que ocorrerá em Death Stranding 2.

“Na primeira parte, o jogador foi introduzido ao conceito de um jogo de entregas. Agora, ampliamos essa base, oferecendo mais opções, especialmente nos combates. É possível enfrentar os inimigos com ou sem armas, e tornamos veículos como motos e carros mais fáceis de utilizar.”

-explicou Kojima.

Conexões expandidas e mecânicas de construção mais robustas

Outro ponto destacado foi a evolução do sistema Social Strand, que permite aos jogadores colaborarem indiretamente ao construir estruturas no mundo do jogo. Kojima admitiu que inicialmente havia incerteza sobre a aceitação desse sistema, mas ficou surpreso com a resposta positiva da comunidade. Por isso, Death Stranding 2 trará uma versão expandida da mecânica — agora será possível até construir monotrilhos para conectar regiões distantes.

As famosas “curtidas”, marca registrada do primeiro jogo, também retornam com um propósito renovado.

“Achávamos que as pessoas talvez reagissem mal, já que elas não afetam atributos nem têm valor monetário. Mas muitos se sentiram motivados apenas pelo gesto simbólico de reconhecimento. Isso nos motivou a mantê-las.”

-afirmou o criador.

Explorando novos territórios: México e Austrália entram em cena

A nova jornada levará os jogadores além dos Estados Unidos. México e Austrália foram os locais escolhidos para compor os novos cenários. Kojima explicou que a escolha do México foi natural, por fazer fronteira com o território dos Estados Unidos. Já a Austrália foi selecionada por apresentar geografia semelhante à americana, algo que ele procurava fora da Eurásia e África. Para conectar os continentes, foi criado o conceito de “Plate Gate”.

Conexões humanas: tema central se aprofunda

A pandemia de COVID-19 teve um impacto direto na visão por trás do primeiro Death Stranding, que abordava a importância de conexão em tempos de isolamento. Agora, Death Stranding 2 se debruça sobre um tema mais delicado: os riscos de conexões excessivamente intensas.

Segundo Kojima, embora a internet tenha possibilitado uma rede global de interação, as conexões humanas reais começaram a ser negligenciadas.

“Só quem se arrisca e sai do seu lugar pode fazer encontros inesperados.”

-afirmou.

Essa reflexão está inserida diretamente no design do jogo, inclusive no logotipo: enquanto o emblema do primeiro jogo trazia fios apontando para baixo (representando a construção de laços), o símbolo da sequência exibe fios voltados para cima, questionando o que significa estar conectado — e se deveríamos estar.

Data de lançamento confirmada

Death Stranding 2 será lançado exclusivamente para PlayStation 5 no dia 26 de junho de 2025.