Estúdio fundador revela ambições gigantescas para o novo RPG, que será um retorno às raízes com melhorias profundas nos sistemas clássicos
Depois do impacto estrondoso de Baldur’s Gate 3 — jogo que conquistou múltiplos prêmios de Game of the Year e vendeu milhões de cópias — a Larian Studios já mira alto com Divinity, seu próximo grande RPG anunciado nos Game Awards 2025. O fundador do estúdio, Swen Vincke, afirmou que a intenção é não apenas seguir o legado de BG3, mas ir além dele no que diz respeito à profundidade, ambição e experiência global de jogo.
Retorno às raízes
Em uma entrevista recente, Vincke deixou claro que Divinity será um RPG por turnos, mantendo a identidade que consagrou títulos como Divinity: Original Sin e que também funcionou tão bem em Baldur’s Gate 3. Segundo ele, essa decisão não é apenas nostalgia: é uma escolha consciente para entregar um sistema que eles consideram mais profundo e com maior agência para o jogador, inclusive com sequências de consequências narrativas e mecânicas mais refinadas do que no RPG de 2023.
Vincke mencionou que a equipe rejeitou continuar no universo de Dungeons & Dragons porque, apesar de existirem ideias sólidas, faltava “o coração” dos desenvolvedores. Com Divinity, a Larian tem total liberdade criativa para construir regras próprias, mais acessíveis e pensadas especialmente para videogames — algo que, segundo ele, deve resultar em combate tático mais intuitivo e dinâmico.
Própria engine, produção paralela e meta de ciclo mais curto
Outro ponto destacado pelo líder da Larian é a construção de uma nova engine própria para Divinity. Embora a transição técnica tenha gerado as previsíveis “dores de crescimento”, a meta é clara: acelerar o desenvolvimento sem sacrificar qualidade. Enquanto Baldur’s Gate 3 levou cerca de seis anos para ser concluído, a expectativa agora é de um ciclo de três a quatro anos até um lançamento completo — ainda que isso envolva um cenário de Early Access antes da versão final.
Para alcançar esse ritmo mais eficiente, a Larian também expandiu suas equipes de escrita e roteiro, permitindo que várias partes da narrativa e design de quests sejam trabalhadas em paralelo, em vez de de forma sequencial. Essa reorganização facilita uma produção mais fluida e rica em conteúdo desde as fases iniciais.
Conectando legado e futuro — ambições narrativas e cooperativas
Vincke afirma que Divinity será “tudo o que já se viu da Larian, mas elevado a outro nível”. Isso inclui não apenas sistemas de combate e narrativa, mas também a longevidade da experiência — com forte foco tanto em modo single-player cinematográfico quanto em cooperação multiplayer integrada.
A promessa é que Divinity não só capture a profundidade e complexidade que jogadores adoram em RPGs por turnos, mas também incorpore decisões com consequências mais profundas em múltiplos níveis, algo que Vincke descreveu como parte de sua visão para tornar o título ainda mais impactante do que Baldur’s Gate 3 no que se refere à agência do jogador sobre a história e sistemas.
Possível janela de lançamento — paciência, mas com sinal claro
Embora ainda não exista uma data oficial, as declarações do estúdio sugerem que o lançamento completo de Divinity pode acontecer entre 2028 e 2029, com um possível Early Access surgindo antes disso — possivelmente em algum momento antes de 2027. A Larian deixou claro que ninguém deve esperar uma versão final em 2026, reafirmando a prioridade em qualidade e ambição sobre pressa.
Divinity promete ser um RPG ambicioso que busca levar a experiência de combate por turnos e narrativa além dos padrões estabelecidos por Baldur’s Gate 3 e até pelos próprios títulos anteriores da franquia. Com nova engine, desenvolvimento mais eficiente e foco total em criatividade própria, a Larian mira não apenas superar seu sucesso anterior, mas redefinir o que se espera de RPGs táticos nos próximos anos.
Fonte: IGN
