Dying Light Hellrunners: o ambicioso spin-off que quase reinventou a franquia

Dying Light Hellrunners: o ambicioso spin-off que quase reinventou a franquia

Techland cogitou transformar a série em um frenético runner com parkour e zumbis, mas o projeto não avançou por falta de inovação.


Entre o primeiro Dying Light e sua sequência, a Techland navegou por mares criativos bem mais ousados do que imaginávamos. Nesse intervalo, nasceu Dying Light: Hellrunners, um experimento que pretendia romper com tudo o que definia a série até então — só que o conceito nunca chegou ao público.

A franquia sempre se apoiou em três pilares: combate visceral corpo a corpo, parkour fluido e um ciclo dia-noite que muda completamente o tom da aventura. Dying Light: The Beast, lançado recentemente, segue essa mesma identidade. Mas, como revelou uma matéria exclusiva do Insider Gaming, essa trajetória quase tomou um rumo oposto. A Techland flertou com a ideia de abandonar o mundo aberto para mergulhar de cabeça em um gênero totalmente diferente.

Em entrevista ao site, Tymon Smektala, diretor da franquia, contou que Hellrunners foi concebido como um runner de pura adrenalina. A proposta era simples, mas ousada: transformar os elementos de parkour e zumbis em uma corrida infinita, com geração procedural de cenários e foco total em ritmo e reflexo. A equipe chegou até a considerar uma estrutura por níveis, para evitar aquela sensação de jogo “de passar o tempo”, e imaginava o projeto como um Canabalt modernizado — só que turbinado com caos, mortos-vivos e velocidade extrema.

Mas o encanto não durou. Depois de vários protótipos, a conclusão foi dura e direta: faltava algo que diferenciasse Hellrunners dos demais títulos do gênero. Smektala resumiu a decisão com franqueza:

“Percebemos que não havia muito espaço para inovar ou reinventar a fórmula.”

O projeto foi engavetado e a equipe redirecionou suas energias para o desenvolvimento de Dying Light 2.

O diretor também desmentiu qualquer ligação entre Hellrunners e os Nightrunners, facção que ganharia destaque apenas mais tarde em Dying Light 2: Stay Human. A coincidência de nomes, segundo ele, não passou disso.

Enquanto Dying Light: The Beast já está disponível para PS5, Xbox Series X/S e PC desde 18 de setembro de 2025 e continua recebendo atualizações, a Techland garantiu recentemente que seguirá apoiando Dying Light 2. Quanto a um novo jogo da série, o futuro ainda é nebuloso, mas ideias não faltam.

Fonte: Insider Gaming