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Empresa nega irregularidades após aumento de preços e inclusão de pacotes adicionais no serviço de assinatura
A Microsoft respondeu oficialmente às denúncias de venda casada envolvendo o Xbox Game Pass após consumidores brasileiros recorrerem ao Procon. A empresa negou qualquer prática irregular em relação à reestruturação do serviço, que recentemente teve seu preço duplicado no Brasil, passando de R$ 59,99 para R$ 119,90 mensais no plano Ultimate.
Defesa da empresa e comparações de mercado
Em sua defesa formal, a gigante tecnológica afirmou que não há obrigatoriedade na aquisição de pacotes adicionais para acessar o serviço básico do Game Pass. Segundo a Microsoft, todos os jogos continuam disponíveis para compra individual, independentemente do plano escolhido. Para justificar as diferenças entre os pacotes, a empresa utilizou uma analogia com assinaturas de academia:
“Realizando uma comparação com assinaturas de academia, seria como se o plano mais básico permitisse apenas o acesso a academias mais simples, enquanto o plano mais completo permite o acesso às academias de elite mais equipadas, a serviços de massagem e outros cuidados pessoais. Para isso, por óbvio, são cobradas mensalidades diferentes. Não há nada de irregular ou ilegal nisso; são lógicas de mercado lícitas e extremamente difundidas em inúmeros setores”, explicou a Microsoft, no artigo 18 de sua resposta formal.
Mudanças no Game Pass e reação dos consumidores
O caso ganhou atenção após a reestruturação completa do Xbox Game Pass, que incluiu a adição obrigatória de serviços como Clube Fortnite e Ubisoft+ Classics ao pacote Ultimate, causando insatisfação entre os assinantes brasileiros. Os planos mais básicos também sofreram alterações, enquanto o aumento do Ultimate foi considerado abrupto, gerando protestos nas redes sociais e uma onda de cancelamentos.
A Microsoft justificou as alterações afirmando que o plano Ultimate foi aprimorado para jogadores que querem o melhor de tudo, garantindo mais opções, flexibilidade e valor para todos os perfis de usuários, independentemente de seus hábitos de consumo. A empresa reforçou que a mudança está alinhada com práticas de mercado comuns e visa ampliar a experiência oferecida aos assinantes.
O episódio evidencia o desafio das empresas de tecnologia em equilibrar expansão de serviços e percepção de valor entre os consumidores. A resposta da Microsoft, agora formalizada, deve ser analisada pelo Procon, mas a empresa mantém sua posição de que não houve venda casada, destacando que os ajustes nos planos são parte de uma evolução planejada do Game Pass, com foco em oferecer mais recursos e benefícios aos jogadores. O desfecho do caso poderá influenciar futuras políticas de preços e pacotes no mercado brasileiro de assinaturas de jogos, um setor cada vez mais competitivo e sensível a mudanças bruscas nos valores cobrados.