Novo título da Double Fine Productions apresenta números preocupantes no lançamento, mas aposta em uma experiência emocional única
O mais recente lançamento da Double Fine Productions, Keeper, chegou ao mercado em 17 de outubro de 2025 com uma proposta ousada: contar uma história de amizade e transformação sem o uso de palavras. Apesar da abordagem artística e do envolvimento da Xbox Game Studios na publicação, o jogo enfrentou um início discreto no Steam, registrando um pico de apenas 191 jogadores simultâneos, número que surpreendeu pela modesta recepção considerando o histórico do estúdio.
Diferente de outros títulos da Microsoft voltados para ação ou narrativa convencional, Keeper convida o jogador a mergulhar em um mundo silencioso e contemplativo. A trama se desenrola em uma ilha esquecida no tempo, onde um farol adormecido desperta acompanhado de uma ave marinha mística. Juntos, eles exploram os cantos da ilha e enfrentam desafios que não dependem de diálogos ou combates, mas sim de observação, curiosidade e escolhas sutis do jogador. A aventura propõe uma experiência emocional, focada na conexão com o ambiente e nos vínculos que se formam entre os personagens.

Desenvolvimento e legado da Double Fine
A Double Fine, conhecida por clássicos cult como Psychonauts e Broken Age, mantém em Keeper a tradição de apostar em narrativas únicas e arriscadas. O estúdio combina design visual cativante com storytelling sensível, explorando temas de amizade, descoberta e transformação pessoal. No contexto do mercado atual, jogos contemplativos e silenciosos como Keeper enfrentam desafios de visibilidade, especialmente quando comparados a lançamentos com maior apelo de ação ou multiplayer.
Atualmente, Keeper está disponível para PC via Steam, consoles Xbox e no Xbox Game Pass. Embora a estreia tenha sido modesta em termos de números, o título tem potencial para conquistar um público dedicado ao longo do tempo, principalmente entre jogadores que buscam experiências emocionais e inovadoras. A aposta da Double Fine reforça a tendência de explorar formatos narrativos experimentais, mostrando que nem todo sucesso de um estúdio se mede apenas pelos primeiros dados de lançamento.