Vince Zampella afirma que Call of Duty só existe por sua experiência na Electronic Arts

Vince Zampella afirma que Call of Duty só existe por sua experiência na Electronic Arts

Desenvolvedor revela que saída da EA foi decisiva para criação da franquia que redefiniu os FPS e comenta trajetória até Battlefield


Vince Zampella, veterano da indústria de games e atual líder da franquia Battlefield, revelou recentemente que a existência de Call of Duty está diretamente ligada à sua experiência prévia na Electronic Arts. Em entrevista à revista GQ, o desenvolvedor afirmou que sua saída da EA foi o catalisador para a criação da série que se tornou referência em jogos de tiro em primeira pessoa. Zampella explicou de forma direta a origem do fenômeno cultural que é Call of Duty:

“A única razão pela qual Call of Duty existe é porque a EA foi uma babaca”.

O comentário surpreende por vir de um profissional que participou de três grandes franquias de FPS militares: Medal of Honor, Call of Duty e, atualmente, Battlefield. A carreira de Zampella começou na EA, onde trabalhou em Medal of Honor: Allied Assault. Após a conclusão do projeto, ele e outros desenvolvedores deixaram a empresa para fundar a Infinity Ward, estúdio que daria origem ao primeiro Call of Duty. Curiosamente, Zampella retornou à EA em 2010, fundando a Respawn Entertainment, responsável por títulos de sucesso como Titanfall 2 e a série Star Wars Jedi.

Impacto cultural e reconhecimento do público

Durante a entrevista, Zampella relembrou o momento em que percebeu a dimensão cultural da franquia:

“Quando você está assistindo a um programa aleatório como Family Guy ou The Office, e eles estão falando sobre Call of Duty… Isso te atinge, tipo, ‘Oh, meu Deus!’”

Ele descreveu a experiência como “um pouco surreal”, evidenciando o impacto global do jogo na cultura pop. Atualmente, Vince Zampella lidera o desenvolvimento de Battlefield 6, que tem sido elogiado por fãs e críticos por retomar elementos clássicos da série. A EA busca uma abordagem que remete à era de ouro da franquia, especificamente os títulos Battlefield 3, 4 e os jogos da série Bad Company.

Essa estratégia evidencia a importância de equilibrar inovação com respeito às mecânicas e à identidade que consolidaram a marca ao longo dos anos. A trajetória de Zampella ilustra como experiências anteriores em grandes estúdios podem moldar decisões criativas e empresariais, resultando em franquias que não apenas definem gêneros, mas também influenciam a cultura de entretenimento global.