Criador Derek Kolstad revela liberdade criativa dada pela Ubisoft e destaca abordagem mais aberta em comparação com outros estúdios.
A aguardada série Splinter Cell: Deathwatch estreia na Netflix em 14 de outubro, trazendo Liev Schreiber no papel do lendário agente Sam Fisher. Em entrevista recente, o criador da produção, Derek Kolstad (conhecido por seu trabalho em Falcão e o Soldado Invernal e John Wick) revelou que a Ubisoft impôs apenas duas regras essenciais para o desenvolvimento da adaptação: “ame o personagem e respeite o IP”.
Kolstad comentou sobre as diferentes experiências de trabalhar com grandes estúdios. Segundo ele, a Ubisoft adotou uma postura mais flexível em comparação com outras empresas.
“Sempre que você lida com qualquer propriedade intelectual, haverá diretrizes. Quando fiz Falcão e o Soldado Invernal na Disney, era como estar em um túnel — ainda é prazeroso, porque você brinca em uma caixa de areia cheia de brinquedos deles”, explicou.
O roteirista destacou que, no caso de Splinter Cell: Deathwatch, a abordagem foi radicalmente diferente.
“A Ubisoft, quando veio até mim e assim que eu quis fazer [um Sam Fisher mais velho], eles disseram: ‘Ótimo, pode seguir’. O que eu amo nisso é que as únicas diretrizes eram amar o personagem e respeitar a propriedade intelectual. Eles simplesmente me deixaram trabalhar.”
Um novo Sam Fisher
A série se passa anos após os eventos dos jogos, apresentando um Sam Fisher mais experiente e aposentado, que é forçado a retornar à ação diante de uma nova ameaça global. Essa abordagem promete explorar um lado mais humano e introspectivo do protagonista, equilibrando o tom de espionagem com drama e maturidade. A escolha de Liev Schreiber para dar voz e vida ao personagem (substituindo o icônico Michael Ironside, intérprete original nos jogos) gerou discussões entre os fãs. Kolstad, no entanto, defende a decisão com entusiasmo:
“Deem uma chance a ele, porque ele me convenceu”, afirmou o criador, reforçando a confiança na performance do ator.
Splinter Cell: Deathwatch marca o retorno de uma das séries mais emblemáticas da Ubisoft, agora em um formato animado e com uma narrativa voltada tanto para novos espectadores quanto para fãs de longa data. A adaptação busca modernizar o legado da franquia, que se destacou nos games pelo realismo tático, pelo uso inovador da furtividade e pela profundidade de seu protagonista.
A estreia em 14 de outubro promete reacender o interesse por Splinter Cell, cuja ausência nos consoles há quase uma década alimenta especulações sobre um possível novo jogo. Enquanto isso, a Netflix se firma como espaço de renascimento de grandes IPs dos videogames, consolidando o crossover entre cinema, televisão e cultura gamer.
Fonte: GamesRadar+