Gigante chinesa defende que elementos do jogo são convenções de gênero e critica tentativa de monopolização da Sony.
A Tencent respondeu formalmente às acusações de plágio movidas pela Sony contra seu novo título, Light of Motiram, defendendo-se de forma incisiva e acusando a empresa japonesa de tentar criar um “monopólio ilegítimo sobre convenções de gênero”.
O processo judicial, iniciado no verão deste ano, classificava Light of Motiram como um “clone descarado” da aclamada franquia Horizon, da Sony. Em comunicado oficial, a Tencent argumenta que a alegação não procede, alegando que a Sony busca reivindicar direitos exclusivos sobre elementos narrativos e visuais que são comuns e utilizados em dezenas de outros jogos ao longo das décadas.
Defesa da Tencent
Segundo a companhia chinesa, “a Sony não está tentando proteger uma obra criativa única, mas sim monopolizar convenções narrativas inteiras utilizadas amplamente pela indústria”. A Tencent solicita que o tribunal rejeite o caso, ressaltando que Light of Motiram ainda está em desenvolvimento e não tem previsão de lançamento antes de 2027.
Para reforçar sua argumentação, a Tencent citou outros títulos que compartilham elementos semelhantes aos de Horizon, incluindo The Legend of Zelda, Far Cry, Outer Wilds, Enslaved e Biomutant, sugerindo que a tentativa da Sony equivaleria a transformar “elementos típicos do gênero em recursos proprietários”.
Semelhanças visuais e alterações no projeto
Apesar da defesa da Tencent, observadores apontam que Light of Motiram apresenta semelhanças notáveis com Horizon, especialmente na estética, construção de mundo e nas criaturas bio-mecânicas que aparecem no jogo. Tais elementos foram considerados suficientemente evidentes para que a Tencent realizasse alterações significativas no projeto após o início do processo judicial.
O caso lembra outros embates recentes na indústria, como a disputa entre Nintendo e The Pokémon Company contra a PocketPair por Palworld, em que questões de semelhanças visuais e mecânicas de jogo também geraram controvérsia.
O processo entre Sony e Tencent levanta questões mais amplas sobre direitos autorais e convenções de gênero nos videogames, especialmente em títulos de mundo aberto e fantasia tecnológica. A decisão do tribunal pode estabelecer precedentes importantes sobre até que ponto elementos estéticos, mecânicos e narrativos podem ser considerados propriedade exclusiva de uma franquia, influenciando futuras disputas legais entre grandes estúdios globais.
Fonte: Multiplayer.it