Indiana Jones e o desafio do Game Pass: MachineGames fala sobre adaptação da narrativa ao novo modelo de consumo

Indiana Jones e o desafio do Game Pass: MachineGames fala sobre adaptação da narrativa ao novo modelo de consumo

Diretor de design revela como o comportamento dos assinantes impactou o desenvolvimento do jogo e como o estúdio buscou equilibrar acessibilidade e profundidade


Os serviços de assinatura, como o Xbox Game Pass, transformaram a forma como muitos jogadores consomem games, mas também impuseram novos desafios aos estúdios. De acordo com Jens Andersson, diretor de design da MachineGames, o caso de Indiana Jones and the Great Circle ilustra bem essa realidade.

O impacto do Game Pass no design de jogos

Segundo Andersson, um dos maiores desafios foi compreender o comportamento dos assinantes. Muitos jogadores entram em um título por apenas alguns minutos para testar, sem se comprometer a avançar na experiência.

“Nós conhecemos o comportamento dos jogadores. Eles entram por cinco minutos e saem. Você pode tomar certas decisões com base nisso, mas, ao mesmo tempo, não quer fazer muitas concessões. O jogo precisa ser ótimo para o jogador que vai até o fim.”

Essa dinâmica obrigou a equipe da MachineGames a criar um início impactante, capaz de prender a atenção logo nos primeiros instantes, mas sem comprometer a profundidade narrativa que caracteriza o estúdio.



Concorrência e acessibilidade

Outro fator mencionado pelo diretor foi o contexto do lançamento: Indiana Jones and the Great Circle chegou ao serviço logo após a estreia de Call of Duty, um dos títulos mais aguardados do catálogo. Isso atraiu uma leva massiva de novos assinantes, muitos dos quais sequer conheciam o personagem.

“Há muitas crianças por aí que não viram os filmes, e esta será a primeira introdução delas à franquia. Então, tentamos fazer deste o jogo mais acessível da MachineGames até agora.”

A proposta, portanto, foi construir uma narrativa que dialogasse tanto com os fãs antigos da franquia quanto com novatos, equilibrando nostalgia e introdução. Para a MachineGames, o maior desafio foi respeitar o legado da franquia e, ao mesmo tempo, se adaptar à nova realidade de consumo digital. O resultado é uma experiência que pretende ser acessível a novos jogadores e profunda para os veteranos, mantendo o DNA narrativo do estúdio.

Fonte: The Game Business