Metal líquido pode matar seu PS5, alerta desenvolvedor

Metal líquido pode matar seu PS5, alerta desenvolvedor

O PlayStation 5 está prestes a completar cinco anos desde seu lançamento em novembro de 2020, mas uma falha de projeto começa a preocupar a comunidade. O console utiliza metal líquido para resfriar o processador principal, mas o material pode comprometer seriamente o funcionamento da máquina, principalmente quando esta é mantida em pé.

Segundo Matthew Cassells, fundador da Alderon Games, o metal líquido presente no sistema de resfriamento pode escorrer ao longo do tempo, criando pontos secos no APU — o chip principal de processamento do console. Isso gera superaquecimento localizado, desligamentos súbitos e, em casos mais graves, falha completa do aparelho.

Casos aumentam entre consoles de lançamento

Durante participação no podcast Broken Silicon, Cassells revelou que os casos estão se tornando mais frequentes, sobretudo em unidades do modelo original, lançadas em 2020. Ele afirma que a equipe da Alderon Games recebeu uma quantidade anormal de relatos após a atualização mais recente de Path of Titans, jogo que exige bastante do PS5.

Inicialmente atribuída a problemas de poeira ou manutenção, a falha persistiu mesmo após limpezas básicas. A suspeita recaiu, então, sobre o sistema de metal líquido. Segundo estimativas da empresa, entre 2% e 3% dos jogadores que rodaram o game após o update foram afetados por desligamentos súbitos — um número expressivo, considerando a base instalada de consoles.

Falta de sensores agrava diagnóstico

Um dos grandes obstáculos para identificar e evitar o problema é a ausência de ferramentas que permitam ao usuário monitorar as temperaturas da CPU e GPU no PS5. Como o desligamento depende de onde o metal líquido secou e qual parte do chip é mais exigida, torna-se quase impossível prever falhas iminentes.

Nos modelos mais recentes — PS5 Slim e PS5 Pro — a Sony adotou ranhuras no APU e no dissipador de calor para tentar conter o vazamento do metal líquido. Contudo, ainda não se sabe se isso resolveu o problema por completo.

Especialista recomenda reparo gratuito e uso na horizontal

Cassells defende que a Sony crie um programa de reparo gratuito, especialmente para os consoles fora do período de garantia, visto que o conserto é caro e o problema está ligado a uma decisão de design da própria empresa. Como medida de prevenção, recomenda-se manter o console em posição horizontal, o que diminui o risco de deslocamento do metal líquido.

Embora ainda distante da escala do famoso “Red Ring of Death” que afetou o Xbox 360, a falha já gera preocupações significativas sobre a durabilidade do PlayStation 5 e pode representar um risco à reputação da Sony caso medidas não sejam tomadas.

Fonte: Wccftech