Conhecido por sua abordagem única e, muitas vezes, “estranha” no desenvolvimento de jogos, Hideo Kojima afirmou recentemente que sua independência criativa tem limites. Mesmo após deixar a Konami e fundar a Kojima Productions, o criador de Metal Gear e Death Stranding revela que não se sente completamente livre para arriscar.
O peso de liderar um estúdio
Durante uma entrevista, Kojima refletiu sobre o impacto de se tornar independente após décadas sob o guarda-chuva de grandes empresas.
“Achei que poderia fazer qualquer coisa se fosse independente, mas a realidade é que não posso”, declarou o diretor. “Sempre penso em outras coisas, mais estranhas, para criar. Mas, se eu fizer isso e não vender, meu estúdio vai à falência. Eu conheço toda a equipe. Conheço as famílias da equipe. Carrego esse peso nos ombros.”
Segundo Kojima, a liberdade criativa vem acompanhada da responsabilidade de manter uma empresa em funcionamento — e isso exige decisões com viabilidade comercial. Projetos de risco, embora desejados, nem sempre são possíveis.
Sequências são mais viáveis que inovações
Com anos de experiência no setor, Kojima afirma já conseguir identificar quando uma ideia tem chance de aprovação. De acordo com ele, sequências são vistas com muito mais confiança do que novas propriedades intelectuais — uma percepção que ele vê como um entrave à inovação.
Ainda assim, o diretor continua buscando o equilíbrio entre ambição artística e sustentabilidade empresarial.
Expectativas para Death Stranding 2
Em outro momento da conversa, Kojima demonstrou certa frustração com a recepção antecipadamente positiva de Death Stranding 2: On The Beach. Para ele, os jogos que marcam a história costumam ser os que geram divisão de opiniões no lançamento — e não os que agradam a todos de imediato.
Death Stranding 2: On The Beach será lançado em 26 de junho de 2025, exclusivamente para PlayStation 5.
Fonte: Polygon