007: First Light – A nova abordagem da IO para espionagem mais intensa e menos estratégica

007: First Light – A nova abordagem da IO para espionagem mais intensa e menos estratégica

Durante o Summer Game Fest deste ano, a IO Interactive finalmente revelou os primeiros detalhes de 007: First Light, seu aguardado jogo de espionagem baseado no icônico agente britânico. A apresentação foi acompanhada por entrevistas com o estúdio, que esclareceram pontos importantes sobre o estilo de jogabilidade adotado para a nova aventura — e como ela se diferencia do consagrado Hitman.

Embora a IO seja reconhecida pelo trabalho cuidadoso e meticuloso com o Agente 47, o novo título promete um ritmo mais dinâmico, pensado especialmente para jogadores que acham Hitman estratégico demais. Em entrevista à PC Gamer, a equipe deixou claro: James Bond não é o Agente 47 — e nem pretende ser.

Menos cálculo, mais impulso: o DNA de Bond

Segundo os desenvolvedores, enquanto o Agente 47 é um personagem frio e calculista que exige paciência do jogador, o jovem James Bond de First Light é bem diferente. Mais impulsivo, direto e cheio de personalidade, Bond não espera que as coisas aconteçam: ele provoca a ação.

Hakan Abrak, CEO da IO Interactive, destacou que 47 é quase uma “tela em branco”, projetado para o jogador se projetar nele. Já Bond, mesmo em sua versão mais jovem, tem carisma, história e motivações bem definidas, o que impacta diretamente a forma como interage com o mundo — e como o jogo é construído.

Mais ação, menos observação: o que esperar da jogabilidade

O diretor narrativo Martin Emborg explicou que 007: First Light até permite abordagens furtivas, mas o ritmo é visivelmente mais ágil do que nos jogos de Hitman. Missões poderão ser resolvidas com mais ação e improviso, permitindo que o jogador assuma uma postura mais ousada — algo muito mais próximo do que se espera de James Bond nas telonas.

“Em Hitman, você observa, espera o momento certo, ouve conversas, analisa padrões. Já Bond pode simplesmente bater na porta, entrar e resolver na hora — ou, se for preciso, partir para o confronto direto.”

-afirmou Emborg.

Esse contraste deve tornar First Light especialmente atrativo para quem nunca se adaptou ao estilo metódico de Hitman.

Herói versus assassino: as diferenças de essência

Rasmus Poulsen, diretor de arte, também pontuou uma distinção fundamental:

“O Agente 47 é um assassino — e, de certa forma, o vilão silencioso da história. Bond, por outro lado, é o herói. O foco aqui está em sua jornada pessoal e em sua missão de salvar o mundo.”

Essa mudança de perspectiva se reflete tanto no design das fases quanto na narrativa. First Light pretende equilibrar momentos de tensão com ação cinematográfica, criando uma experiência que seja tanto imersiva quanto empolgante, sem exigir do jogador o mesmo nível de paciência e repetição característicos de Hitman.

Lançamento e plataformas

007: First Light está previsto para chegar em 2026, com versões confirmadas para PC, PlayStation 5 e Xbox Series X|S.