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Mesmo após uma década desde o lançamento, The Witcher 3: Wild Hunt continua a ser referência no universo dos RPGs, especialmente pela sua narrativa consagrada e pela impressionante marca de mais de 60 milhões de cópias vendidas. O sucesso monumental do jogo naturalmente eleva as expectativas em torno de The Witcher 4, que promete ser um dos lançamentos mais aguardados da próxima geração.
Com o cenário atual dos RPGs sendo moldado por títulos excepcionais como Baldur’s Gate 3 — eleito Jogo do Ano de 2023 — e Kingdom Come: Deliverance 2, lançado em fevereiro de 2025, surge a pergunta inevitável: a CD Projekt RED pretende seguir os passos desses gigantes para construir sua nova aventura?
Kingdom Come: Deliverance 2 inspira pelo realismo e sistemas complexos
Em entrevista concedida à PC Gamer (via Insider Gaming), Adam Badowski, co-CEO da CD Projekt RED, confirmou que tanto Baldur’s Gate 3 quanto Kingdom Come: Deliverance 2 são observados de perto pela equipe de desenvolvimento, mas destacou que o título da Warhorse Studios exerce uma influência particularmente forte sobre os rumos de The Witcher 4.
“Sou fã de Kingdom Come pelo seu realismo, pela atmosfera envolvente e pelo humor sutil. Esse tipo de simulação é simplesmente fascinante. Há inúmeras possibilidades, o jogador pode transformar o mundo ao seu redor — isso é algo incrível. Queremos manter essa essência e continuar nessa direção.”
-afirmou Badowski.
Segundo o executivo, a CD Projekt RED está especialmente atenta aos “elementos mais robustos de simulação e aos sistemas integrados” que caracterizam Kingdom Come 2. De acordo com Badowski, essa é “em parte a direção que estamos tomando com The Witcher 4”, indicando que o novo título pode apostar ainda mais em mecânicas que ampliem a interação com o mundo e reforcem a imersão do jogador.
Baldur’s Gate 3: influência indireta e foco na observação
Embora tenha citado também Baldur’s Gate 3 como uma referência importante no cenário atual, Badowski indicou que o jogo da Larian Studios exerce uma influência mais discreta sobre o projeto.
“Em Baldur’s Gate 3 há personagens incríveis, mas o modo como as escolhas se desenrolam — dada a enorme liberdade oferecida — leva a soluções narrativas que são diferentes das que utilizamos.“Obviamente, estamos atentos ao que eles fazem, porque não há muitos jogos nesse nível, e é natural observar como os jogadores e fãs respondem a essas abordagens.”
-comentou.
Já Michal Nowakowski, também co-CEO da CD Projekt RED, reforçou que, apesar da admiração, o estúdio polonês não pretende seguir exatamente o mesmo caminho:
“Só para deixar claro: não vamos fazer um jogo como o da Larian. Esse é o tipo de experiência que eles dominam. Contudo, a forma como os personagens interagem com o mundo e como isso influencia a narrativa foi, sem dúvida, uma inspiração para nós.”
O futuro de The Witcher 4: lançamento distante, mas promissor
Até o momento, a data de lançamento de The Witcher 4 não foi oficialmente definida, mas conforme aponta um relatório financeiro recente da CD Projekt RED, o jogo não deve chegar antes de 2027.
Nesta semana, a desenvolvedora polonesa apresentou uma impressionante demonstração técnica, que, embora não tenha revelado cenas de gameplay, serviu para indicar o nível de qualidade visual e a direção tecnológica que o estúdio está perseguindo para a nova fase da franquia.
Enquanto os fãs aguardam ansiosos por mais detalhes, fica claro que a CD Projekt RED está determinada a manter a tradição de excelência, ao mesmo tempo em que busca evoluir a série The Witcher com inspirações cuidadosas, mas sem perder sua identidade criativa.