Crisis Core: Final Fantasy VII Reunion é um remake que nos transporta de volta ao universo de Final Fantasy VII, com algumas alterações e melhorias significativas. Desde o início, somos surpreendidos com uma cena que lembra o jogo original, mas desta vez com Zack no papel principal, substituindo Cloud em cima do trem. Este é o ponto de partida para uma história que explora o passado de Cloud e nos apresenta um novo protagonista carismático. Vamos mergulhar nos detalhes do jogo:
História
Zack Fair é um jovem sonhador, alto-astral e carismático, cujo objetivo é se tornar um Soldier 1ª Classe e conquistar seu lugar como um verdadeiro herói. Sua jornada não é apenas uma missão pessoal, mas também um caminho que revela segredos sombrios sobre a Shinra, os Soldiers e o mundo ao seu redor. O jogo nos guia por momentos cruciais que conectam a história de Zack com a de Cloud, Tifa, Aerith e outros personagens icônicos da franquia, criando uma ponte emocional entre os eventos de Crisis Core e Final Fantasy VII.
A narrativa mistura momentos de camaradagem, humor e tragédia, criando um contraste poderoso que mantém os jogadores envolvidos do início ao fim. Para quem conhece o desfecho da história, há uma sensação de melancolia enquanto acompanhamos a evolução de Zack e seu relacionamento com outros personagens. A maneira como o jogo explora temas como sacrifício, lealdade e identidade torna a trama emocionalmente impactante e memorável.
Apesar disso, achei alguns momentos da narrativa confusos e difíceis de entender, especialmente em relação às motivações de certos personagens, como Genesis. Esses desafios poderiam ser amenizados se houvesse uma opção de legendas em português, tornando o jogo mais acessível para quem não domina o inglês ou espanhol. Mesmo assim, a dublagem de alta qualidade ajuda a transmitir as emoções da história, compensando parcialmente a falta de localização completa.
Gráficos e Apresentação
O remake de Crisis Core impressiona com sua apresentação visual completamente renovada. Os gráficos foram refeitos para aproveitar o potencial dos consoles modernos, transformando um jogo que nasceu no PSP em uma experiência visual melhorada para consoles de nova geração. Os cenários são detalhados e ricos em atmosfera, capturando perfeitamente a essência de locais icônicos como Midgar e outras regiões do mundo de Final Fantasy VII.
As cutscenes são um dos grandes destaques do jogo, especialmente as sequências em CGI, que são dignas de produções cinematográficas. Momentos como o confronto entre Sephiroth e Genesis são absolutamente deslumbrantes, combinando animações fluidas, efeitos especiais impressionantes e uma trilha sonora empolgante que intensifica cada cena. Os modelos dos personagens também foram completamente atualizados, trazendo mais expressividade e detalhes que ajudam a transmitir emoções de forma mais convincente.
Outro ponto forte é a iluminação, que adiciona profundidade aos ambientes e cria uma atmosfera imersiva. Desde os reflexos em superfícies metálicas até os efeitos de luz durante os ataques especiais, cada detalhe foi cuidadosamente elaborado para garantir uma experiência visual impressionante. É difícil acreditar que este jogo nasceu como um título de console portátil, dada a qualidade que ele apresenta em sua versão atualizada.
Jogabilidade
O sistema de combate é uma combinação de ação e elementos de RPG. Os controles são intuitivos: é possível atacar com o botão quadrado e rolar com X (no meu caso, alterei para bolinha, que achei mais cômodo). Ao pressionar R1, você pode utilizar as magias equipadas, adicionando variedade às lutas.
Um elemento que achei peculiar foi o sistema de roleta, que fica girando durante as batalhas. Dependendo dos números e imagens que se alinham, você recebe diferentes tipos de bônus, como melhorias de status ou ataques especiais baseados em summons ou nas amizades que Zack forma ao longo do jogo. Confesso que no início foi confuso entender como esse sistema funcionava, mas, com o tempo, ele se tornou mais claro. Ainda assim, algumas lutas podem ser significativamente fáceis ou longas, dependendo da “sorte” na roleta. Isso faz com que a experiência dependa um pouco mais do acaso do que da estratégia.
Outro ponto de destaque é o sistema de fusão de matérias. A possibilidade de criar habilidades personalizadas é fascinante, permitindo combinações poderosas. Durante minha jogatina descobri que a vida máxima no jogo é limitada a 9999, o que é um pouco decepcionante, considerando o potencial das melhorias.
Conteúdo Extra
A campanha principal tem cerca de 11 horas de duração, mas o jogo oferece muitas quests secundárias que podem estender essa experiência. Completar essas missões vale muito a pena, pois garantem recompensas valiosas, incluindo as summons. Para quem gosta de explorar e buscar o 100%, há bastante conteúdo adicional para explorar.
Considerações Finais
Crisis Core: Final Fantasy VII Reunion é um RPG de ação que entrega uma experiência emocionante e tecnicamente impressionante. Apesar de uma história um pouco confusa e limitações arcaicas no sistema de idiomas, o jogo brilha em sua jogabilidade, gráficos e apresentação geral. O desfecho é impactante e faz jus ao legado de Final Fantasy VII. Recomendo para fãs da franquia e para quem busca um jogo envolvente e emocionante.