Senua’s Saga: Hellblade 2 – Será que essa sequência conseguiu superar o primeiro jogo?

Senua’s Saga: Hellblade 2 – Será que essa sequência conseguiu superar o primeiro jogo?

Hoje trago para vocês a Review de Senua´s Saga: Hellblade 2, um jogo que saiu para Xbox series e PC, foi lançado dia 21 de maio.

Senua’s Saga: Hellblade 2 é uma das experiências mais imersivas que já vi em game. A nova história da protagonista Senua nos leva do desespero a esperança em um mundo no qual não sabemos o que é real.

Uma experiência única

Definitivamente, Hellblade 2 não é uma experiência para todos e arrisco dizer que se aproxima muito de um jogo de narrativa ou cinematográfico com poucos momentos de ação e sem a parte de múltiplas escolhas que mudam o desfecho do jogo. No entanto, isso não quer dizer que Hellblade 2 seja ruim.

Logo no começo somos lançados dentro da cabeça de Senua e em nenhum momento o jogo deixa claro o que é real ou não. Não temos um contexto do que objetivamente faz parte da psicose dela, o que é espiritual, o que é imaginação e o que é real, assim como no primeiro jogo.

A história é uma continuação da primeira parte. Senua está determinada a acabar com aqueles que mataram seu amado (Dillion) e que destruíram seu vilarejo para que isso nunca mais ocorra com ninguém. Uma coisa que achei estranha é hellblade 2 ser ainda mais curto, que o primeiro.

As expressões da personagem a cada momento, o design sonoro e a narrativa fazem tudo parecer como um filme. Hellblade 2, assim como o primeiro jogo, se encontra em um espaço linear que diria que é até um acerto, pois particularmente estou um pouco cansado de open world.

Parte técnica

Não direi que fones de ouvidos headsets são recomendáveis, mas obrigatórios. Se não os utilizar, estará perdendo uma parte tão grande da experiência do jogo que arrisco dizer novamente que não valerá a pena ficar sem eles.

Hellblade 2 é um dos jogos mais imersivos que existem. Você escuta o som da neve caindo, do vento tocando objetos no cenário, respirações e, claro, as vozes da psicose na cabeça de Senua, inclusive o lado que a voz está saindo.

Tudo foi pensado também de uma maneira espacial para que você tenha uma noção 3D da parte sonora. Isso é útil quando estiver em combate ou caso não consiga enxergar nada ao seu redor.

A parte gráfica também está um espetáculo e as expressões da Senua a cada momento são tão reais e intensas que parece um filme. Chegaram a me perguntar qual jogo é mais bonito se é Horizon Forbidden West ou Hellblade 2, eu juro que estou indeciso até agora e vou deixar para nossos amigos da Digital Foundry responderem essa. Os inimigos, embora poucos em comparação ao primeiro jogo, também não são insuficientes, porém tive bastante dificuldade no combate do jogo, eu realmente diria aqui que gostei mais do primeiro no qual era rápido, simples e preciso. Nessa continuação o combate ficou duro, impreciso e muitas vezes não respondia aos meus comandos.

Ação em meio à imersão

O foco de Hellblade 2 não é exatamente a ação, mas o jogo consegue ser um pouco competente nesse quesito. Pois você pode se esquivar, atacar, defender, dar parry e usar a habilidade do espelho como no primeiro. Para conseguir adquirir uma vantagem sobre seus adversários.

Apesar de o combate não ir além disso e as lutas só ocorrerem em partes específicas do jogo, elas são intensas e as vezes emocionantes. Você sente o impacto de cada golpe que desfere ou recebe e sente o alívio em se livrar de um inimigo irritante e olha que o combate foram umas das partes que mais me irritou durante o jogo.

Senua apesar de ser uma guerreira e ter aprendido a lutar vendo seu amor Dillion, não espere da protagonista um desempenho em combate no estilo de um soulslike. Pois eu falo por experiencia própria eu me decepcionei nesta parte. Apesar disso, em sua psicose, ela lida com criaturas sobrenaturais (ou será que são reais? Eu fiquei na dúvida) e a experiência pode se tornar bastante mística.

Junto dos momentos de ação, temos puzzles em que precisaremos usar a imaginação e perspectiva, e não esperem grande coisas aqui, pois esses puzzles ficaram mais simples que o do primeiro jogo. Assim também como momentos de muita perseguição e estratégia.

A história consegue te prender?

Essa nova história em Hellblade 2 eu sinceramente não achei melhor que a do primeiro, mas ela me atendeu e conseguiu me prender para querer saber o desfecho. Ocorreram alguns plot twist que eu não esperava, principalmente em lutas contra bosses e nesse ponto achei que entregou uma narrativa boa e satisfatória. Lembrem que sou jogador de final fantasy e sempre quero mais em uma história!

Conclusão

Hellblade 2 é uma experiência imersiva e quase completa, com um design de áudio impecável. Apesar de não ser para o gosto de todos os jogadores, principalmente por entregar uma experiência cinematográfica, com pouco combate e gameplay, definitivamente oferece uma narrativa boa e uma jogabilidade diferente, que cativa aqueles que buscam algo mais envolvente e psicologicamente intenso. Pois o jogo passa uma mensagem e explora bem a psicose e isso realmente pode não agradar a todos e inclusive fazer com que alguns jogadores não entendam o que está acontecendo e se sintam até incomodados com tantos pensamentos juntos durante os diálogos. Eu não duvido que Hellblade 2 seja o jogo mais bonito do ano e que ele ganhe um prêmio no TGA como melhor design de som, mas na minha opinião ele não deve concorrer ao Goty.

Recomendo Senua’s Saga: Hellblade, ainda mais por estar no Game Pass e na minha opinião ele não supera o primeiro Hellblade.

Confira a versão em vídeo da Review

Senua's Saga: Hellblade

Hellblade 2 é uma experiência imersiva e quase completa, com um design de áudio impecável. Apesar de não ser para o gosto de todos os jogadores, principalmente por entregar uma experiência cinematográfica, com pouco combate e gameplay, definitivamente oferece uma narrativa boa e uma jogabilidade diferente, que cativa aqueles que buscam algo mais envolvente e psicologicamente intenso. Pois o jogo passa uma mensagem e explora bem a psicose e isso realmente pode não agradar a todos e inclusive fazer com que alguns jogadores não entendam o que está acontecendo e se sintam até incomodados com tantos pensamentos juntos durante os diálogos. Eu não duvido que Hellblade 2 seja o jogo mais bonito do ano e que ele ganhe um prêmio no TGA como melhor design de som, mas na minha opinião ele não deve concorrer ao Goty.
8
Bom